Eu estava lendo um livro da escola e tem uma parte que gostei
muito. Ele fala de um garoto que começou a se drogar, e sua vida foi acabando
aos poucos. Se chama "Pássaro contra a vidraça", de Giselda Laporta
Nicolelis.
No fim, ela faz uma
comparação com um pássaro. Olha que lindo...
"O
pássaro vem voando e bate contra a vidraça: é o beija-flor, e fica pairando no
ar, minúsculo helicóptero...
Olha
à sua frente e vê outro pássaro, igual a ele. Então agora são dois que pairam
no ar. De um lado, o pássaro verdadeiro, do outro, o pássaro refletido na
vidraça. O pássaro real não sabe disse e continua ali, curioso, tentando
alcançar o reflexo de si mesmo.
Assim
fica por um longo tempo... o tempo que consegue suportar. Porém não desiste,
quer alcançar o companheiro que é tão agitado e curioso quanto ele.
Acima
do pássaro, a vidraça tem aberturas laterais. Se voasse mais alto, encontraria
a passagem para ele e para o outro que ele julga estar preso.
Mas
ele não faz isso. Apenas tenta ultrapassar a barreira que o impede de chegar ao
companheiro.
O
pássaro é prisioneiro da própria ilusão. Da sala onde o observo – torturado e
infeliz, debatendo-se já extenuado -, grito:
-
Voe, voe, para o alto, para o alto! – Tento, de todas as formas, indicar-lhe o
caminho...
Para
mim parece tão simples, tão fácil. Mas será que ele me entende? O que eu sei da linguagem dos pássaros?
Vai
depender mais dele do que de mim. Só mudando o curso do voo transformará o seu
destino: que pode ser, como agora, uma dura vidraça; mas talvez seja... o
espaço infinito!"
Lindo, não? Nos ajuda a perceber melhor sobre a realidade de muitas pessoas nos dias de hoje...
Até a próxima, e desculpem pela demora kkkkkk
Bjos, Carol ^u^